NÃO FOI ACIDENTE, FOI CRIME

A Vale do Rio Doce é;, mais uma vez, responsá;vel por um desastre criminoso em Minas Gerais. Nã;o foi uma tragé;dia. Poderia ter sido evitada com manutenç;ã;o, investimentos em itens de seguranç;a e fiscalizaç;ã;o. Foi um crime. A empresa é; reincidente e precisa ser punida com severidade. E é; pela puniç;ã;o da Vale, pelo respeito à; classe trabalhadora e à; comunidade local que a CUT vai lutar.

As ví;timas do rompimento da barragem da empresa, em Mariana, que ainda clamam por justiç;a e lutam contra as manobras judiciais da direç;ã;o da Companhia para receber suas indenizaç;õ;es, viram o horror se repetir em Brumadinho, quando outra barragem da Vale se rompeu, nesta sexta-feira (25).

A nova tragé;dia, anunciada e denunciada por entidades dos movimentos sociais, comunitá;rios e sindical, deve cobrar um preç;o ainda maior em vidas humanas. Segundo as informaç;õ;es do Corpo de Bombeiros, 37 mortes já; foram confirmadas e entre 300 a 400 trabalhadores contratados diretamente pela empresa, terceirizados e moradores estã;o desaparecidos.

Para a CUT, esse crime é; fruto da busca irresponsá;vel por lucros a qualquer preç;o.

Foi a ganâ;ncia que fez os empresá;rios promoveram a flexibilizaç;ã;o das leis trabalhistas na reforma da CLT e que vem sendo aplicada pela Vale, com o aumento da jornada dos turnos para 12 horas, fim da hora intí;nere, aumento da terceirizaç;ã;o, diminuiç;ã;o do nú;mero de empregados diretos e aumento da rotatividade que tirou trabalhadores experientes das operaç;õ;es e a precarizaç;ã;o do trabalho dos empregados diretos e terceirizados.

Nã;o por acaso as empresas de mineraç;ã;o no paí;s, brasileiras e multinacionais, capitaneadas pela Vale, impediram a aprovaç;ã;o de todas as propostas sugeridas pela CUT e demais centrais brasileiras sobre saú;de e seguranç;a dos trabalhadores e das comunidades, durante a votaç;ã;o do Marco Regulató;rio da Mineraç;ã;o, aprovado em 2018.

Ressaltamos també;m que, nã;o por acaso, os acidentes ambientais e de trabalho multiplicaram por mil depois que a Vale foi privatizada em 1997, o que demonstra que a principal preocupaç;ã;o dos dirigentes da empresa sempre foi os acionistas e nunca o bem estar dos trabalhadores, trabalhadoras ou as comunidades que vivem no entorno das barragens.

Neste momento, a CUT se solidariza com as famí;lias dos trabalhadores e moradores atingidos por mais essa tragé;dia e se compromete a, juntamente com os movimentos sociais e da sociedade civil, lutar por justiç;a para que os seus dirigentes sejam devidamente responsabilizados e penalizados por mais esse crime contra a vida dos trabalhadores/as e també;m com os moradores e agricultores familiares atingidos pela sua irresponsabilidade.

CUT

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