CUT apoia trabalhadores rurais em ocupação de agências do INSS

Escrito por: Iracema Corso

Em defesa da Previdência Social, do INSS e das conquistas do povo brasileiro, dirigentes da Central Única dos Trabalhadores (CUT/SE), FETAM (Servidores Públicos Municipais), SINDIJUS (Judiciário), SINDTIC/SE (Tecnologia da Informação), SINDISERVE GLÓRIA (Servidores de Glória) e do SINDIPREV/SE (Previdência Social) amanheceram nesta quinta-feira, 16/06, nos postos do INSS, em apoio às ocupações e protestos realizados por 4 mil sindicatos e cerca de 100 mil trabalhadores rurais em todo o Brasil, contando com a mobilização da CONTAG e FETASE, no Estado de Sergipe.

Presidente da CUT/SE, o professor Rubens Marques acompanhou a ocupação do posto do INSS no município de Nossa Senhora da Glória. “Os trabalhadores rurais não legitimam o governo golpista. A CUT/SE veio prestar apoio a esta manifestação enorme, muito bem articulada em todo o Brasil pelas federações, confederação e sindicatos de trabalhadores rurais atentos à gravidade do problema. A aposentadoria rural resulta de luta intensa, não caiu do céu. Outro recardo importante: os trabalhadores rurais não aceitam esta balela de Previdência deficitária. Isso não é possível porque nossa Previdência é solidária. Então se o Governo acionar na Justiça as grandes empresas que dão o calote na Previdência, vai haver dinheiro de sobra. O movimento está ciente de que a lógica do governo Temer é sangrar o pequeno agricultor e fortalecer o agronegócio, pois o governo golpista tem o apoio do latifúndio. Portanto este protesto em âmbito nacional denuncia esta grande ameaça ao futuro dos pequenos agricultores e da agricultura familiar, que é aquela que leva o alimento para a mesa dos brasileiros”.

Ao lado de lideranças do SINDTIC/SE e do SINDIJUS, o vice-presidente da CUT/SE, Plínio Pugliese, acompanhou o protesto em Estância e destacou a capacidade de organização e de mobilização dos trabalhadores do campo para resistirem contra a ofensiva reacionária que pauta a atual conjuntura. “A reforma da Previdência, a extinção dos Ministérios da Previdência e do Desenvolvimento Agrário, as ameaças aos programas de habitação rural (PNHR) são alguns dos projetos que estão ganhando força no cenário nacional, marcado pela ruptura da democracia. Esses projetos confirmam que o golpe da burguesia e dos coronéis não era apenas contra o governo Dilma, mas principalmente para destruir os direitos conquistados pelos trabalhadores nas últimas décadas”.

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Joaquim Antônio, secretário geral do SINDIPREV, participou do protesto em Itabaiana e registrou o apoio dos servidores do INSS à manifestação, assim como o apoio da população que foi ao posto para ser atendida. “Precisamos promover a unificação da luta dos trabalhadores do campo e da cidade pela retomada dos direitos ameaçados. Os trabalhadores rurais vão ter um total desmonte dos direitos adquiridos na última reforma. Quando o governo transforma o Ministério da Previdência numa Secretaria atrelada ao Ministério da Fazenda e ameaça que cada município terá uma agência do INSS, ele sinaliza para o avanço da terceirização e municipalização do serviço público federal, o que significa concretamente o enfraquecimento de todas as políticas públicas”.

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