Dia 24 de janeiro — Dia Nacional dos Aposentados — será; uma data marcada por protestos em todo Brasil. Em Sergipe, o ato “Unidos em Defesa da Aposentadoria” vai ocupar as ruas do Centro de Aracaju para dialogar com a populaç;ã;o sobre o novo ataque que está; sendo armado contra a aposentadoria e os direitos previdenciá;rios do povo brasileiro.
A concentraç;ã;o do ato está; marcada para as 8 horas, em frente à; Caixa Econô;mica no Calç;adã;o da Joã;o Pessoa. Esta atividade de luta é; organizada pela Central Ú;nica dos Trabalhadores (CUT/SE), SINTESE (Professores) e SINDIPREV/SE (Previdenciá;rios).
O Coordenador Geral do SINDIPREV/SE, Joaquim Antô;nio Ferreira, explicou que o governo Bolsonaro nã;o enviou um projeto para o Congresso Nacional, mas já; tem um projeto pronto que está; sendo discutido nos bastidores com cada partido, pois ele quer ganhar forç;a no Congresso primeiro para depois implementar a proposta.
“Agora o que vai ser implementado é; a mudanç;a de idade, homens e mulheres terã;o que trabalhar 2 anos a mais para se aposentar. Mas na verdade o que Bolsonaro quer implementar é; o Regime de Capitalizaç;ã;o da Previdê;ncia Pú;blica, nos moldes do que foi realizado no Chile na dé;cada de 80 e que deixou a populaç;ã;o idosa na misé;ria”, detalhou Joaquim.
Regime de Capitalizaç;ã;o da Previdê;ncia
Para começ;o de conversa, no Regime de Capitalizaç;ã;o da Previdê;ncia o empregador nã;o contribui para o fundo de aposentadoria do trabalhador. A administradora do fundo de pensã;o (AFP) investe a contribuiç;ã;o feita pelo trabalhador que, quando se aposentar vai receber uma pensã;o mensal vitalí;cia. Como citou a reportagem do site Brasil de Fato, trabalhadores chilenos que recebiam em mé;dia U$$ 1000 passaram a receber depois da aposentadoria uma pensã;o mensal de U$$ 200, ou seja, apenas 20% do seu salá;rio antes de se aposentar. O resultado desse modelo é; que hoje 44% dos aposentados do Chile estã;o abaixo da linha de pobreza.
Setor Pú;blico
Segundo O Coordenador Geral do Sindiprev/SE, o alvo do governo Bolsonaro será; o setor pú;blico. “O curioso é; que juí;zes, militares e parlamentares ficarã;o de fora da reforma da previdê;ncia de Bolsonaro, justamente quem recebe as pensõ;es vitalí;cias, as maiores aposentadorias pagas pelo setor pú;blico, nã;o será; afetado. Eles querem que o trabalhador pague a conta.
O dirigente reforç;a que o povo brasileiro nã;o acredita no discurso de dé;ficit da Previdê;ncia. Inclusive a Associaç;ã;o dos Auditores Fiscais provou que nã;o existe dé;ficit previdenciá;rio e o verdadeiro problema é; que nenhum Governo Federal quer fazer a auditoria da dí;vida pú;blica cobrando dos governadores e de outros gestores pú;blicos. Por isso nó;s, trabalhadores, precisamos nos unir e lutar, pois nã;o podemos deixar que Bolsonaro acabe com a nossa aposentadoria, passamos a vida toda trabalhando e contribuindo e agora nã;o aceitaremos que nos roubem o que é; nosso, denunciou.
Fonte: CUT/SE
Escrito por: Iracema Corso