Há praticamente dez anos, a falta de concursos públicos impacta diretamente na diminuição estrutural dos sindicatos brasileiros, principalmente os representativos do setor público.
A diminuição do Estado brasileiro, através do projeto ultraliberal, gerou a redução do tamanho das entidades sindicais que representam aquele setor, com a diminuição, ainda maior, no Governo Bolsonaro com a criação de ferramentas que visam, única e exclusivamente, o fim das entidades representativas, mobilizações e estrutura de combate à retirada de direitos.
Desde janeiro de 2019 o Governo Bolsonaro, através do Ministro da Economia Paulo Guedes, criou inúmeras dificuldades para que os sindicatos sobrevivessem e buscassem a defesa incondicional da sua base, através de estrutura administrativa e jurídica que se contrapusesse aos ataques diários da política de perseguição e ódio aos servidores públicos. A manipulação do SICAC, SIGEP ou SEUGOV, “derrubou”, até 130 (cento e trina) filiações em cada mês, sem que o servidor tivesse o conhecimento.
A política de ataques às entidades sindicais, favorece diretamente ao Governo que busca, através de PECs, EC e MPs aprovar medidas de ruptura, estagnação ou castração do direito adquirido dos Trabalhadores como, por exemplo, a Reforma Trabalhista e Previdenciária. Os sindicatos comprometidos com os trabalhadores, como o SINDIPREV SERGIPE, têm um papel fundamental no esclarecimento, organização e combate às medidas ultraliberais que visam, única e exclusivamente, vender o estado brasileiro e enriquecer banqueiros, empresários e parlamentares corruptos.
SITUAÇÃO DO SINDIPREV SERGIPE FRENTE AOS ATAQUES ULTRALIBERAIS
O SINDIPREV SERGIPE, conhecido nacionalmente por estar nas frentes das lutas em Sergipe e nacionais, sofreu duro golpe, desde 2019, com a redução de, aproximadamente, 40% da sua contribuição. Em 05 anos foram 900 (novecentas) desfiliações por uma série de motivos. Vejamos:
- Manipulação mensal do Ministério da rubrica para derrubar as contribuições dos servidores através do SOUGOV;
- Redução do poder aquisitivo dos servidores;
- Suspensão de rubricas judiciais;
- Aumento de planos de saúde;
- Aumento da margem para empréstimo consignado;
- Falta de emprego para filhos e netos, obriga o filiado a acolhê-los em suas casas, aumentando despesa;
- Servidores que apoiam o Governo Bolsonaro e não aceitam a política do SINDIPREV em defesa dos mesmos;
- Falecimentos; e
- Mudança para outros estados.
Com a redução drástica na estrutura sindical, a manutenção se torna cada dia mais difícil justamente pela política de redução do tamanho do estado e, consequentemente, sindicatos. Manter as atividades em Brasília com o retorno da inflação, aumento abusivo dos preços de hotéis, pousadas e passagens prejudicam as atividades políticas realizadas no Congresso Nacional, Plenárias e Atos públicos.
O Governo corrompe os corruptos para poder acabar com o Setor Público brasileiro.
Nos resta lutar de cabeça erguida para podermos recuperar o Setor Público e a maior ferramenta de mobilização e proteção ao servidor filiado: O SINDIPREV.
Por: Marcos Jefferson (DRT/SE 376)
O SINDIPREV SERGIPE NÃO PARA E NÃO FOGE À LUTA
Gestão 2020/2024
Coordenador Geral: Joaquim Antonio