Filiado: a estrutura de um sindicato forte

O sindicato é uma organização que junta os trabalhadores da mesma categoria, por ramos, setores e/ou categorias profissionais, com a finalidade de esclarecer a todos e assim, unidos, procurar solução para os problemas da classe trabalhadora. Por isso, sem a participação dos filiados não existe bom Sindicato. É como uma casa: Para que ela se firme e aguente chuva e vento é preciso que tenha estrutura forte e sólida.

História do Sindicato:

Faz muito tempo que surgiu ou nasceu o sindicato, começando na Europa. Os primeiros trabalhadores que entraram no sindicato não eram lavradores.
Eram gente que trabalhava nas fábricas, eram homens, mulheres e até crianças pequenas. A vida dessas pessoas parecia um inferno, como uma espécie de cativeiro mesmo. Tinham que trabalhar 14,15 até 16 horas por dia. Seus pagamentos eram insuficientes até para garantir-lhes um mínimo necessário para suas sobrevivência e de suas famílias. Foi no meio desta escravidão e desse sofrimento que eles começaram a pensar. Perceberam, viram que aquela forma de viver não poderia dar certo nem continuar.

Daí um falava para o outro, trocavam ideias até que se organizaram em grupos, pois, perceberam também que reclamar sozinho não surtia efeito ou não resolvia a questão. Para eles defenderem seus direitos tinham que estar unidos.

Em vez de atender as reivindicações os patrões pioraram a situação. Ai os trabalhadores se combinavam e ninguém trabalhava, cruzando os braços. Só assim o patrão escutava e atendia seus pleitos reivindicatórios. Essa sociedade de trabalhadores começou a ser chamada de Sindicato. No Brasil, também os Sindicatos começaram nas cidades onde havia as fábricas. Os trabalhadores, sentindo a necessidade de melhorar suas condições de vida, juntaram-se em sindicatos. Mas também a vida dos trabalhadores do campo era muito difícil. Gente trabalhando, como escravo, o dia todo no cabo da enxada, sem direito algum, às vezes passando as maiores necessidades. Outros sem um pedaço de terra para cultivar, vivendo de alugada, sem proteção alguma da lei. Muitos morreram. Assim, os trabalhadores viviam na maior insegurança e muitos até conformados com o seu sofrer. Apesar dessa tristeza e desamparo, dificilmente se organizavam. Era porque eles viviam espalhados e cada um por si próprio. Não se nega, é claro, que houve alguns grupos que se juntaram para se defender. Mas eram movimentos muito pequenos, sendo facilmente dominados. Em 1903, o governo brasileiro aprovou uma lei que permitia a criação do Sindicato, mas, tal iniciativa não foi identificada ao mesmo tempo para os trabalhadores do campo, o que prejudicou estes trabalhadores.

Em 1962, havia muitos problemas com os trabalhadores rurais, especialmente nos canaviais do nordeste. E o problema vinha porque os patrões exploravam os lavradores. Muita gente então revoltou-se e passou a questionar esta exploração. Era preciso acabar com as injustiças, os trabalhadores começaram então a se mobilizar e se organizar. Foi então que surgiu a Lei 4.214, de 02 de Março de 1963, onde o governo do Brasil reconhecia os primeiros Sindicatos de Trabalhadores Rurais.

Da história do Sindicato podemos tirar três ideias que considero importante:

– A primeira ideia é que

O TRABALHADOR TEM VALOR PORQUE É GENTE.

– A segunda ideia é saber que

SOMENTE O TRABALHADOR PODE DAR VALOR A TRABALHADOR

A terceira ideia, que classifico como importante

NUNCA DESANIMAR NA LUTA PELOS SEUS INTERESSES.

Jorge de Jesus Silva.

Secretário GeralCUTSE.

Secretário de Formação SindicalSINDIPREVSE.

Coordenador ARTSINDSE.

Coordenador ERDIEESE.

Publicado no site do SINDIPREV

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