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CINCO ANOS SEM REAJUSTE: E DAÍ?

O Governo Federal, acaba de fechar negociação com a Câmara Federal, Senado e Governadores para promover o “congelamento salarial” dos servidores públicos das três esferas, inclusive para categorias excluídas anteriormente. Não é novidade a política de desmonte do setor público. Desde a posse do então presidenciável Bolsonaro, o Setor Público brasileiro tem sido alvo de uma política de descrédito, para favorecer o desmonte com o apoio da população brasileira, incluindo aí, servidores públicos que acreditaram que poderiam melhorar na ótica individual da política destrutiva de Bolsonaro. O Ministro Paulo Guedes, o homem do posto Ipiranga, tem entoado, em bom som, o seu desprezo aos servidores públicos com frases assediantes chamando aos servidores de “parasitas” e “assaltantes”, sem pagar por isso. O SUS, demonstra que o Setor Público é forte e precisa de mais investimento, mas na contramão desta política, Bolsonaro dá um golpe impiedoso em todos os servidores e, em especial, aos servidores federais da base do SINDIPREV SERGIPE, com a promoção de um congelamento salarial de 05 (cinco) anos, se contarmos do último reajuste, acordado com o parlamento e governadores. “Mas é preciso ter força, é preciso ter raça, é preciso ter gana sempre”, como canta Milton Nascimento, para podermos superar o genocida presidente que, em nome da pátria, tenta promover a destruição de quem mais luta pela organização desta nação: os servidores públicos! A luta será grande, mas precisamos seguir até a vitória. Por: Joaquim Antonio – Coordenador Geral do SINDIPREV SERGIPE

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A VITÓRIA DA GREVE DE 2015 REPERCUTE NAS APOSENTADORIAS EM 2019

Os servidores públicos federais, em sua grande maioria do Poder utivo, sofriam pressão financeira, pela perda, para não buscarem as aposentadorias, dados os fatores discriminatórios entre a atividade e inatividade do serviço público. No INSS, o alarme soava, diuturnamente, devido o alto índice de adoecimento, principalmente nas APS, e a necessidade da permanência de manter a atividade devido a perda salarial de, aproximadamente, R$ 2.500,00 da GDASS, debatida com veemência nas reuniões nas Mesas de negociação, mas nunca levada a diante face o “custo” financeiro para a União. Enfim, a GREVE DE 2015, manteve, na pauta, a “Incorporação das Gratificações de Desempenho” do setor público para garantir uma vida saudável aos futuros aposentados. Nós, dirigentes sindicais, negociamos e mostramos o número de atestados médicos e licenças dos servidores que adoeceram no local de trabalho — “os servidores contribuem sobre o seu valor total da remuneração e não podem se aposentar como se as Gratificações nunca tivessem existido”. Por várias vezes, fomos a Brasília onde o Governo Dilma não aceitava fechar negociação garantindo as INCORPORAÇÕES. Mesmo com toda dificuldade, os trabalhadores mantiveram a GREVE por 72 (setenta e dois) dias sofridos e angustiantes mediante a sombra do corte de ponto. Após decorridos os 72 dias, nós, dirigentes sindicais e trabalhadores organizados, conseguimos vencer o Governo e conquistar a INCORPORAÇÃO DAS GRATIFICAÇÕES. A aposentadoria dos servidores com, paridade nas gratificações, se dá não pelo reconhecimento do Governo, mas pela LUTA que garantiu o direito sagrado ao benefício sem maiores perdas salariais. APOSENTADOS SÃO A GRANDE MAIORIA DE FILIADOS A realidade da filiação sindical, já era, na grande maioria, de aposentados onde o SINDIPREV/SE criava novas atividades políticas e recreativas aos aposentados. O índice de filiações saltou de 59%, para 70% de aposentados, devendo chegar a 85% de aposentados onde, a manutenção da ferramenta de luta do sindicato deverá ser reforçada para garantir vitórias remuneratórias ao conjunto dos servidores. Quem garante a vitória do servidor aposentado, é o fortalecimento do SINDIPREV e reestruturação do setor público — sempre foi e sempre será. Dentro da nova realidade, o SINDIPREV/SE está imbuído na criação de convênios educacionais e laser, como nas negociações de cursos de Graduação e pós na UNIT e ESTÁCIO DE SÁ, além do SESC SERGIPE com toda estrutura para beneficiar a categoria. Os processos jurídicos específicos aos aposentados, já estão sendo vitoriosos como, por exemplo, a vitória do pagamento de 30 pontos da GDASS aos aposentados antes da criação da gratificação, PASEP e PECÚLIO. A dinâmica nos proporciona novas e modernas ações para atender aos servidores Ativos, aposentados e pensionistas. Ao se aposentar, procure o SINDIPREV/SE para conhecer as instalações, atualizar o cadastro e participar das nossas atividades. O DIREITO A APOSENTADORIA E O ESVAZIAMENTO No ano de 2016, Governo Temer, o “temor” do não cumprimento do acordo rondava as entidades sindicais e servidores, mas conseguimos, através da pressão parlamentar, avançar na assinatura do acordo. Quando no pagamento da 1ª parcela, o Governo Temer, não cumpria o acordo da incorporação, mas também, após idas ao Congresso Nacional, obter a garantia que a primeira incorporação se daria no mês de setembro de 2016. Após a incorporação da 2ª parcela, começamos, entidades sindicais e servidores, a ar o Governo da necessidade de criar um plano de gestão para novos servidores, através de concurso público, e mudança de planto de ação no INSS. O Governo Temer jamais ouviu os trabalhadores, indicando dirigentes não preparados para planejar o modelo de trabalho no INSS. Enfim, 2019, o CAOS NO INSS. O SINDIPREV/SE está se reunindo, diariamente, com servidores e entidades nacionais para poder propor mudanças significativas no INSS, sem abrir a autarquia para a politicagem da terceirização e municipalização. A hora é de organizar a casa com pessoas capacitadas e que saibam fazer o diálogo democrático e, neste sentido, o SINDIPREV/SE está convidando o MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL para a construção coletiva do INSS. Mais do que nunca, “NINGUÉM SOLTA A MÃO DE NINGUÉM”. Por: Joaquim Antonio Ferreira — Coordenador Geral do SINDIPREV/SE

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A FILIAÇÃO AO SINDICALISMO EM TEMPO DE ATAQUES

O artigo 8º da Constituição Federal deixa claro a desobrigatoriedade da filiação sindical por entender, também, que “estar filiado (a)”, é um direito do trabalhador movido principalmente pelo desejo político de se sentir representado nas várias atividades que dizem respeito à vida do trabalhador e trabalhadora. O SINDIPREV/SE, tem sido rígido no respeito ao direito constitucional e, principalmente, na consciência de classe dos servidores filiados. Qual o papel de um sindicato? Os sindicatos defendem os interesses profissionais, sociais e políticos dos seus associados, em uma base territorial. São também dedicados aos estudos da área onde atuam e realizam atividades (palestras, reuniões, cursos) voltadas para o aperfeiçoamento profissional dos associados. Nossa história sindical, erguida e sustentada por trabalhadores, nasceu no final do século XIX, acompanhando a evolução de nossa economia, na época em que o centro agrário era o café. Desde a Constituição Brasileira de 1824 existe o direito de o trabalhador associar-se, direito este que mais tarde foi identificado como organização sindical. Com o passar dos anos, tivemos diversas Constituições, e, analisando uma a uma, constatamos a evolução da ideia do sindicalismo, como o direito de associar-se para preservação e garantia dos direitos dos trabalhadores. Os movimentos sociais e as revoluções comprovam a importância de os trabalhadores permanecerem unidos, para garantirem seus direitos e o equilíbrio na relação patrão/empregado na distribuição de riquezas proveniente do trabalho. A Reforma Trabalhista aprovada no Governo Temer, não feriu a linha de atuação do SINDIPREV/SE justamente por entendermos que a “associação é livre” e que o “IMPOSTO SINDICAL” é uma imposição sobre a liberdade dos trabalhadores. O SINDIPREV/SE é um dos poucos sindicatos brasileiros que “NUNCA” recebeu o IMPOSTO SINDICAL e a Contribuição sobre o 13º salário e, dentro deste contexto, continua forte com 90% da sua base filiada por “acreditar” na ferramenta de luta dos trabalhadores, no campo político e social. Alguns servidores, _ainda desfiliados_, lutam para participar das ações judiciais, eventos políticos e culturais do sindicato, sem entender que, tais eventos e políticas, são exclusividades dos servidores filiados justamente por acreditar e investir em sua proteção. O Governo BOLSONARO já inicia prometendo ataques ao Setor Público e, mais do que nunca, é preciso estar filiado e filiada para lutar contra a retirada de diretos. *O SINDIPREV/SE NÃO FOGE À LUTA*! *Joaquim Antonio F de Souza é servidor público federal (INSS), Economista (UFS), Coordenador Geral do SINDIPREV-SE.

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TERCEIRIZAÇÃO PLENA

Ontem, após reunião entre Carmem Lúcia e Michel Temer, o STF decidiu pela terceirização plena nos setores públicos e privados brasileiros. Esta decisão abrirá as portas aos políticos para colocarem seus afilhados nos empregos públicos, com a intenção de preencher as vagas e se locupletar dos benefícios que estes cargos trarão ao quinhão político. O INSS será, com certeza, um dos órgãos mais procurados por trabalhar junto à população na concessão de benefícios previdenciários podendo, a partir de agora, permitir o preenchimento das vagas de concessores aos apadrinhados políticos. O Ministério do Trabalho e Ministério da Saúde terão aprofundamento na política implementada de terceirização plena e extinção.O STF ganhou reajuste de 16,38% e incorporação do auxílio-moradia que, em cadeia remuneratória (Procuradores, Presidente, vice-presidente, ministros, deputados, governadores, prefeitos, etc.) representará um “rombo” de 8 bilhões de reais aos cofres públicos. O congelamento de investimentos públicos por 20 anos não é para todos os brasileiros? Estaria Temer já negociando o “perdão” jurídico? Já passamos por cenário igual na década de 90, com a redução de salários aos servidores do utivo e ampla terceirização, onde a vitória se deu nas ruas, nas organizações e nas mobilizações constantes. Vamos manter a nossa organização política, mesmo com tanto combate a ela, e focar na “renovação do Congresso Nacional”.O servidor aposentado, dependerá muito da nossa capacidade de organização e luta, já que o salário do aposentado está ligado diretamente à luta dos servidores ativos e da organização do SINDIPREV em todo país. A terceirização será uma grande barreira às negociações de salário e carreira justamente por representar força de trabalho com remuneração baixa disposta a trabalhar o triplo de horário do servidor público concursado. Por isso não devemos fraquejar.Vários parlamentares sergipanos que votaram a favor das retiradas de direitos estão tentando retornar com o nosso voto e é hora de dizer “NÃO”. Cuidado com os candidatos à presidência que pregam a terceirização e privatização.Servidores ativos, aposentáveis e aposentados deverão permanecer unidos, mobilizados e engajados na reestruturação do INSS. *Joaquim Antonio F de Souza e servidor público federal (INSS), Economista (UFS), Coordenador Geral do SINDIPREV-SE.

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A HORA É ESTA

O Brasil, tomado por corrupção e pela velocidade desenfreada imposta pelo FMI e BANCO MUNDIAL, tem caído nas armadilhas conhecidas dos projetos Neo Liberais como, por exemplo, privatizações com preços irrisórios, PDVs, Terceirizações, Vendas de riquezas nacionais, combate ao setor público, Reformas que retiram direitos e acabam aposentadorias, etc. Diante desta conjuntura, o SINDIPREV/SE tem se posicionado na luta constante contra os desmandos do governo Temer, através da participação dos Fóruns e Movimentos construídos em Sergipe e Brasília. Com muito empenho, o SINDIPREV/SE conseguiu fazer o processo de mobilização e diálogo com a sociedade e base, no sentido da participação importante nas GREVES GERAIS convocadas pelas Centrais Sindicais Unificadas. Desde o início deste processo de desmonte dos direitos trabalhistas, o sindicato tem mantido diretores em Brasília no sentido de participar das atividades nacionais, bem como aproximar os acontecimentos em Brasília, de Sergipe, tendo em vista as falsas informações divulgadas pela grande mídia. Nesta semana fomos pegos, não de surpresa, pelo mar de lama que envolve o Governo Corrupto de Temer e seus apoiadores no Congresso Nacional, com a suspensão do mandato do Senador Aécio Neves e da posição escandalosa do atual presidente ilegítimo Temer. Diante deste quadro, o SINDIPREV/SE estará participando do OCUPA BRASÍLIA com o Coordenador do SINDIPREV/SE, Joaquim Antonio, e diretores da base que compõem a direção sindical. O momento é de avanço na construção das ELEIÇÕES DIRETAS PARA PRESIDENTE e MUDANÇA RADICAL DESTE CENÁRIO POLÍTICO BRASILEIRO. No dia 22, a direção do SINDIPREV/SE estará reunida para discutir e deliberar da posição do SINDIPREV/SE ao atual cenário político, acompanhando várias entidades brasileiras. Não é hora de calar. A hora de se posicionar e conquistar, afinal de contas o BRASIL É NOSSO! Joaquim Antonio F de Souza Coordenador Geral do SINDIPREV/SE

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MINUTA DO TERMO DE ACORDO É APRESENTADA MAS NÃO AGRADA A CATEGORIA DO INSS EM GREVE

Na última sexta, 18, o MPOG apresentou para a CNTSS e FENASPS a minuta do termo de acordo discutido com as entidades, governo e parlamento. Segundo o Coordenador Geral do SINDIPREV/SE, Isac Silveira, alguns pontos ainda não foram escritos comos negociados, sendo a reposição dos dias parados e IMA-GDASS. Sem estes pontos, os trabalhadores não podem encerrar a greve. O Secretário Geral do SINDIPRE/SE, Joaquim Antonio, informou que todos os pontos da pauta do INSS foram discutidos exaustivamente com a equipe do INSS, Planejamento e parlamentares até o acordo na última quarta, 16, em Brasília, bastando que o INSS enviasse ao MPOG os termos discutidos e negociados com as entidades. Segundo Joaquim, a minuta não está de acordo com as reuniões em Brasília onde novas reuniões acontecerão hoje, 21, para que o MPOG reveja os pontos pendentes. MINUTA DO TERMO DE ACORDO MINISTÉRIO DO PLANEJAMENTO, ORÇAMENTO E GESTÃOSECRETARIA DE RELAÇÕES DE TRABALHO NO SERVIÇO PÚBLICO TERMO DE ACORDO Nº XX/2015 Define o Termo do Acordo para reposição das atividades paralisadas e dos valores descontados, decorrentes da paralisação ocorrida no INSS no período de julho a setembro de 2015. Cláusula primeira. Este Termo de Acordo, resultante das negociações entre o Governo Federal e as entidades representativas dos servidores da Carreira do Seguro Social, dispõe sobre a reposição do trabalho resultante da paralisação ocorrida no INSS no período de julho a setembro de 2015, bem como sobre a devolução dos descontos referentes aos dias não trabalhados. Cláusula segunda. A reposição das atividades paralisadas e das horas não trabalhadas objeto do presente termo de acordo, será iniciada imediatamente após a assinatura do presente acordo pelos signatários. Cláusula terceira. O retorno ao trabalho e a retomada das atividades, conforme o disposto neste termo de acordo, ensejará a devolução do valor dos descontos efetuados. Cláusula quarta. A reposição das atividades paralisadas será feita convertendo-se em horas o período total de paralisação de cada servidor, conforme estabelecido nos parágrafos a seguir: § 1º A reposição deverá objetivar a regularização do atendimento ao cidadão absorvendo toda a demanda não atendida durante o período de paralisação. § 2º Para os servidores lotados na área meio, a reposição poderá ser realizada em Agências da Previdência Social ou em atividades específicas da sua unidade de lotação, a critério da administração. § 3º A reposição deverá ser cumprida fora da jornada normal do servidor, não podendo exceder o limite de 10 (dez) horas diárias de efetivo trabalho. § 4º Os casos excepcionais serão tratados de maneira individualizada pela Direção do INSS. Cláusula quinta. Os gestores responsáveis por cada Unidade Organizacional do INSS deverão atestar que os trabalhos paralisados foram retomados e que as atividades previstas estão sendo realizadas. Parágrafo único. A reposição, bem como a realização das atividades previstas serão devidamente registradas em sistemas. Cláusula sexta. O não cumprimento do disposto nas cláusulas quarta e quinta, implicará o desconto das horas correspondentes ao final do plano de reposição. § 1º Em caso de desconto, este se dará em parcelas de, no máximo, 10% (dez por cento) ao mês da remuneração do servidor. §2º Em caso de licenças e afastamentos legais, a contagem do prazo para a reposição ficará suspensa. Cláusula sétima. O servidor em decorrência de sua participação no movimento grevista, não sofrerá prejuízo funcional ou profissional. Cláusula oitava. A Administração Central do INSS avaliará, mensalmente, o andamento da reposição dos trabalhos, podendo rever as condições estabelecidas nas cláusulas quarta e quinta do presente acordo. Brasília, XX de setembro Por: Joaquim Antonio (Secretário Geral do SINDIPREV/SE)

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Ministro da Saúde assina portaria que garante direitos aos servidores da Saúde cedidos

Em reunião com representantes da bancada sindical que compõem a Mesa Setorial de Negociação Permanente do Ministério da Saúde, o ministro Arthur Chioro assinou nesta terça-feira (10/3) a Portaria nº 243, que dispõe sobre a cessão de servidores públicos do Ministério da Saúde e das autarquias e fundações públicas a ele vinculadas. A cessão dos servidores do MS ocorre para exercício nos estados, Distrito Federal e municípios, com vistas à atuação no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS). Participaram também da reunião a secretaria utiva, Ana Paula Menezes, o subsecretário de Assuntos Administrativos, Antonio Mallet, a coordenadora-Geral de Gestão de Pessoas, Elizabete Matheus e a secretária utiva da Mesa, Danielle Magalhães. A portaria representa uma carta de direitos aos trabalhadores cedidos. Garante, por exemplo, educação permanente, exames médicos periódicos e equipamentos de proteção (de acordo com o caso). Além disso, a portaria prevê a possibilidade de cumprimento de jornada de 30 horas para profissionais em atividades consideradas de turno ininterrupto, bem como o pagamento de diárias de deslocamento e de eventuais serviços extraordinários. Tais servidores também deverão ter acesso a exames médicos periódicos, equipamentos de proteção, promoção da saúde e acesso à Politica de Educação Permanente do órgão cessionário. De acordo com Sandro Alex de Oliveira César, presidente da Confederação dos Trabalhadores em Seguridade Social (CNTSS), a portaria foi uma grande vitória do movimento sindical. “Ela traz maior segurança jurídica tanto aos trabalhadores cedidos no âmbito do SUS quanto aos gestores municipais e estaduais. A fixação da carga horária foi nossa maior conquista”, explica. “Ficamos contentes, porque conseguimos avançar do ponto de vista das necessidades dos trabalhadores, minimizando os conflitos que enfrentamos no dia a dia. É um instrumento que cria a possibilidade de melhorarmos a força de trabalho, de realizarmos exames médicos periódicos, além de estabelecer critérios para turno ininterrupto”, complementa Hélio de Jesus, membro da Federação Nacional dos Sindicatos dos Trabalhadores em Saúde, Trabalho, Previdência e Assistência Social (Fenasps). TEMAS PRIORITÁRIOS – Outros pontos, além da portaria, também foram abordados na reunião. Elizabete Matheus Silva, coordenadora-Geral de Gestão de Pessoas do ministério, lembra que o encontro é fruto de debate realizado na Mesa Setorial de Negociação Permanente do Ministério da Saúde, onde foram construídos três produtos ao longo de 2014. O primeiro deles trata da reestruturação da carreira de Previdência, Saúde e Trabalho. “Nos debruçamos neste tema no Grupo de Trabalho e produzimos uma proposta, que também envolve os Ministérios do Trabalho e da Previdência. Fizemos os estudos, o impacto financeiro, mas quem tem competência para aprofundar as discussões é a Secretaria de Relações do Trabalho do Ministério do Planejamento — que pode, inclusive, chamar os outros dois ministérios para a continuidade do debate”, conta a coordenadora. “O ministro já se comprometeu em conversar pessoalmente com os ministros da Previdência e do Trabalho, para que todos possam se empenhar para que de fato o debate avance na reestruturação remuneratória e claro, valorizar os trabalhadores da Saúde”, complementa. O segundo produto abordado diz respeito à gratificação da saúde indígena, que já existe hoje na Fundação Nacional do Índio (Funai). “Criamos uma proposta para que cerca de quatro mil servidores que atuam na Sesai também recebam essa gratificação. Essa é outra proposta que está sendo encaminhada ao Ministério do Planejamento”. Já o terceiro produto é sobre as gratificações de campo Gacen e Gecen (Gratificação Especial de Atividade de Combate e Controle de Endemias e Gratificação de Atividade de Combate e Controle de Endemias). A ideia é ampliar o pagamento desses benefícios a novas categorias, que por lei, ainda não são contempladas. Sandro afirma que o saldo da reunião foi positivo para todos os lados. “O ministro se mostrou disposto a ouvir os trabalhadores. Não criou nenhum tipo de ilusão nem falsas expectativas. Ele reafirmou o fluxo de andamento das propostas dentro do governo e se colocou ao nosso lado, reforçando a marca do seu discurso de posse. Chioro também reafirmou disposição em dialogar sobre as propostas de reajuste salarial”, finaliza. Confira a publicação no DOU Larissa DominguesComunicação Interna e Conteúdo Web SECRETARIA-UTIVA DA MSNP/MS Telefone: (61) 3315.3632

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Entre a Ideologia e a governabilidade: resultados das eleições presidenciais, medidas impopulares e o lado em que ficará o Governo Dilma

Finalizadas as eleições de outubro de 2014, onde a candidata Dilma Rousseff, do Partido dos Trabalhadores (PT), sagrou-se vitoriosa nas urnas contra o senador psdebista Aécio Neves, os eventos que ocorreram posteriormente nos servem de matéria para análise, a começar pelo desempenho da candidata petista neste pleito eleitoral. A citada “vitória”, entretanto, teve gosto amargo, para alguns analistas políticos saiu até com certo sabor de derrota. A margem apertada de votos, pouco mais de 3 milhões de diferença para Aécio, demonstrou a fragilidade, não só da campanha, mas, principalmente, do resultado de 04 anos da gestão Dilma Rousseff à frente do Planalto, o suficiente para alimentar os sonhos e a esperança da direita em retomar o principal cargo político do país em 2018. O resultado destas eleições só não foi diferente por, no mínimo, quatro fatores fundamentais para a confirmação do PT e de Dilma em mais 04 anos no comando do país: 1 — O efeito Lula 2 — A militância de partidários do PT e de importantes movimentos sociais 3 — A sombra do passado do PSDB à frente do país, aliado a um dos piores quadros que poderia ter sido indicado pelo partido tucano para disputar estas eleições e, por fim 4 — as denúncias de corrupção na Petrobras, aliados ao pífio crescimento econômico do país nos últimos anos. O ex-presidente Lula, quer queiram ou não os seus aliados e/ou opositores, é um dos maiores líderes políticos com vida no Brasil e na América Latina, com força política suficiente para influenciar os resultados das eleições no país (não tenhamos dúvidas, Dilma deve seus dois mandatos à força do nome de Lula). Nas regiões Norte e Nordeste (onde houve maiores avanços nos indicadores sociais na última década) a influência do ex-presidente Lula ainda é algo muito espantoso, mesmo após sair do poder há 04 anos. Possivelmente, se estiver com vida e gozando de boa saúde, será um dos fortes candidatos para a sucessão presidencial de Dilma em 2018, onde já se especula como quase certa esta possibilidade dentro e fora do PT, em função da atual ausência de nomes competitivos dentro do partido. Nas outras regiões esta influência é bem menor, mas existe e pode fazer diferença em estados importantes como Rio de Janeiro e algumas regiões de São Paulo (no tradicional reduto do ABC Paulista, onde Lula fez escola como dirigente sindical, entre as décadas de 1970 e 80). A militância petista (diminuída em número, paixão e, principalmente, em ideologia nos últimos anos) também teve grande participação neste resultado eleitoral, seja nas ruas, onde tradicionalmente chamou a atenção desde a primeira candidatura de Lula à presidência da República, em 1989, seja nas redes sociais, onde a guerra de insultos, acusações e propaganda político-partidária entre lados opositores foram intensas durante quase todo o período eleitoral. Setores da esquerda política e movimentos sociais, contemplados com algumas importantes pautas históricas (cotas raciais, reforma agrária, ampliação de bolsas e financiamento estudantil, direitos humanos etc.) e com receio do retorno do PSDB ao Planalto, também optaram pela candidatura de Dilma no segundo turno (no primeiro turno, estes votos foram disputados com outras campanhas e candidatos mais à esquerda, a exemplo da expressiva e honrosa votação obtida pela candidata do PSOL, Luciana Genro, o que deu a ela a nada desprezível quarta colocação nestas eleições, representando uma significativa e simbólica vitória para a esquerda tradicional no Brasil, diante de campanhas milionárias e de pautas tão conservadoras, que atraíram os votos de uma parcela igualmente conservadora da sociedade brasileira). Esta participação também foi estratégica para a manutenção de Dilma no Poder. As eleições presidenciais, desde 1994, foram polarizadas entre PT e PSDB. O PSDB levou a melhor em duas oportunidades e o PT nas últimas quatro eleições. Apesar de usar recorrentemente a lembrança da suposta criação do Plano Real (cito “suposta”, pois, este foi motivo de muita discussão entre dois ministros da fazenda, à época, Ciro Gomes e Fernando Henrique Cardoso, onde este último soube capitanear melhor a seu proveito a ideia de “pai do Real”. Todavia, lembremos que o Plano Real foi criado no Governo do então presidente Itamar Franco, pelo PRN, e não pelos governos tucanos), do controle da inflação e da criação de programas sociais focalistas (a exemplo do Bolsa Escola, Vale Gás, etc.), o que realmente ficou de saldo dos dois Governos de FHC e do PSDB foram as medidas de redução do Estado, a partir de reformas neoliberais, privatizações, redução de direitos da classe trabalhadora, arrocho salarial, desemprego, crises econômicas, fome e miséria. Aliado a este péssimo retrospecto da gestão tucana à frente do Governo brasileiro, a decisão pela escolha do senador tucano Aécio Neves (PSDB-MG) não poderia ser pior. Apesar de ser de uma tradicional família de políticos de Minas Gerais, tendo o seu avó, Tancredo Neves, chegado a ser eleito presidente da República, nas eleições de 1984 (mesmo não assumindo o mandato, devido a seu fatídico falecimento logo em seguida às eleições), Aécio Neves é cercado por vários escândalos e manchetes, mais especificamente em sua vida pessoal do que política, e que vão desde agressões a mulheres e supostos problemas com o uso de drogas, até infrações de trânsito como dirigir embriagado e sem habilitação. A fama de “bad boy” também foi um fator que não expirava confiança em parte significativa do eleitorado brasileiro, o qual até queria mudança na atual direção política do país, mas, não enxergava essa mudança positiva em Aécio Neves. Há quem diga que se os candidatos tucanos fossem outros (a exemplo dos atuais Governador e Senador pelo Estado de São Paulo, Geraldo Alckimin e José Serra, respectivamente) o resultado das eleições poderia ter sido diferente. Em todo caso, o PSDB e parte das demandas mais à direita do país, saem fortalecidos desta eleição e, a depender dos rumos que serão tomados pelo atual governo petista, além do impacto causado por uma inevitável renovação no eleitorado mais jovem do país (o qual acompanhou os 12 anos de PT no poder e não

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Filiado: a estrutura de um sindicato forte

O sindicato é uma organização que junta os trabalhadores da mesma categoria, por ramos, setores e/ou categorias profissionais, com a finalidade de esclarecer a todos e assim, unidos, procurar solução para os problemas da classe trabalhadora. Por isso, sem a participação dos filiados não existe bom Sindicato. É como uma casa: Para que ela se firme e aguente chuva e vento é preciso que tenha estrutura forte e sólida. História do Sindicato: Faz muito tempo que surgiu ou nasceu o sindicato, começando na Europa. Os primeiros trabalhadores que entraram no sindicato não eram lavradores.Eram gente que trabalhava nas fábricas, eram homens, mulheres e até crianças pequenas. A vida dessas pessoas parecia um inferno, como uma espécie de cativeiro mesmo. Tinham que trabalhar 14,15 até 16 horas por dia. Seus pagamentos eram insuficientes até para garantir-lhes um mínimo necessário para suas sobrevivência e de suas famílias. Foi no meio desta escravidão e desse sofrimento que eles começaram a pensar. Perceberam, viram que aquela forma de viver não poderia dar certo nem continuar. Daí um falava para o outro, trocavam ideias até que se organizaram em grupos, pois, perceberam também que reclamar sozinho não surtia efeito ou não resolvia a questão. Para eles defenderem seus direitos tinham que estar unidos. Em vez de atender as reivindicações os patrões pioraram a situação. Ai os trabalhadores se combinavam e ninguém trabalhava, cruzando os braços. Só assim o patrão escutava e atendia seus pleitos reivindicatórios. Essa sociedade de trabalhadores começou a ser chamada de Sindicato. No Brasil, também os Sindicatos começaram nas cidades onde havia as fábricas. Os trabalhadores, sentindo a necessidade de melhorar suas condições de vida, juntaram-se em sindicatos. Mas também a vida dos trabalhadores do campo era muito difícil. Gente trabalhando, como escravo, o dia todo no cabo da enxada, sem direito algum, às vezes passando as maiores necessidades. Outros sem um pedaço de terra para cultivar, vivendo de alugada, sem proteção alguma da lei. Muitos morreram. Assim, os trabalhadores viviam na maior insegurança e muitos até conformados com o seu sofrer. Apesar dessa tristeza e desamparo, dificilmente se organizavam. Era porque eles viviam espalhados e cada um por si próprio. Não se nega, é claro, que houve alguns grupos que se juntaram para se defender. Mas eram movimentos muito pequenos, sendo facilmente dominados. Em 1903, o governo brasileiro aprovou uma lei que permitia a criação do Sindicato, mas, tal iniciativa não foi identificada ao mesmo tempo para os trabalhadores do campo, o que prejudicou estes trabalhadores. Em 1962, havia muitos problemas com os trabalhadores rurais, especialmente nos canaviais do nordeste. E o problema vinha porque os patrões exploravam os lavradores. Muita gente então revoltou-se e passou a questionar esta exploração. Era preciso acabar com as injustiças, os trabalhadores começaram então a se mobilizar e se organizar. Foi então que surgiu a Lei 4.214, de 02 de Março de 1963, onde o governo do Brasil reconhecia os primeiros Sindicatos de Trabalhadores Rurais. Da história do Sindicato podemos tirar três ideias que considero importante: – A primeira ideia é que O TRABALHADOR TEM VALOR PORQUE É GENTE. – A segunda ideia é saber que SOMENTE O TRABALHADOR PODE DAR VALOR A TRABALHADOR A terceira ideia, que classifico como importante NUNCA DESANIMAR NA LUTA PELOS SEUS INTERESSES. Jorge de Jesus Silva. Secretário GeralCUTSE. Secretário de Formação SindicalSINDIPREVSE. Coordenador ARTSINDSE. Coordenador ERDIEESE. Publicado no site do SINDIPREV