Atendendo à convocação do SINDIPREV/SE, os servidores das Agências da Previdência Social em Sergipe começaram a ocupar o espaço em frente à sede do Ministério Público Federal localizado no bairro 13 de julho em Aracaju/Se, desde as 8h da manhã do dia 7. A conscientização política da necessidade de se fazer uma paralisação para chamar a atenção da sociedade e Ministério Público para a falta de condições de trabalho nas dependências do INSS e de condições técnicas e humanas para o atendimento aos segurados do defeso comoveu a sociedade sergipana e promotores públicos que viram, nos servidores, aliados para que o INSS volte a honrar a sua condição de atendimento de excelência.
O SINDIPREV/SE montou uma estrutura de som e alimentação para que os servidores pudessem aguentar participar da manifestação sem desgastes físicos e de saúde. Vários diretores e servidores fizeram uso do microfone para denunciar a crise estrutural por que passa o INSS em Sergipe, que tem provocado o acúmulo de lixos, baratas, ratos e escorpiões nos locais de trabalho, deixando claro que o problema é devido o repasse de verbas para a instituição e o anúncio do corte em 33% do orçamento.
“Nós entendemos que os problemas aqui denunciados, não são por falta de gestão local, mas pela impossibilidade de se poder administrar um órgão sem a devida condição financeira e o anúncio de cortes promovidos pelo ajuste fiscal do Governo Federal”, falou Isac Silveira, Coordenador Geral do SINDIPREV/SE.
Em carta aberta à população, os servidores denunciaram o perigo de se adquirir leptospirose nas dependências do INSS, em Sergipe, além da falta de material de limpeza, expediente e de consumo para os segurados e servidores que são obrigados a comprar material para manter as estruturas funcionando, já que o instituto não tem adquirido material para distribuir nos locais de trabalho.
Outro ponto agravante denunciado foi a nova atribuição do INSS em conceder benefícios do Seguro Defeso sem o devido treinamento aos servidores que podem ser prejudicados criminalmente por erros administrativos.
Para o Secretário Geral do SINDIPRE/SE, Joaquim Antonio, a concessão do Seguro Defeso, em Sergipe, poderia ser minimizado se os servidores do Ministério do Trabalho tivessem sido transferidos para o INSS para poder suprir a nova demanda, estimada em 35 mil segurados. “Se hoje o INSS não consegue atender a sua demanda, imaginem agora com a vinda destes segurados?”, indagou Joaquim.
No final do Ato, uma comissão dos servidores e direção do SINDIPREV/SE protocolaram denúncia ao MPF sobre as condições de trabalho no INSS.
Imprensa sergipana destaca ato dos servidores do INSS
A imprensa sergipana divulgou amplamente, desde segunda, 6, a paralisação dos servidores do INSS e os motivos pelos quais a estavam realizando. Ontem, 7, as várias formas de representação da mídia sergipana estiveram fazendo a cobertura do ato e, a cada depoimento, ficavam estarrecidos com o alto nível de risco para a população e servidores que trabalham em prédios invadidos por pragas e doenças.
Ministério Público Federal receberá direção do SINDIPREV/SE
Ontem, 7, o Ministério Público Federal informou ao SINDIPRE/SE que receberá os seus dirigentes para discutir a problemática estabelecida no INSS em Sergipe e apontar as soluções para resolvê-los no mais curto espaço de tempo. A reunião está marcada para a próxima sexta-feira, 10, na sede do MPF, 14h.
Por: Joaquim Antonio F de Souza (Secretário Geral do SINDIPREV/SE)