O Sindicato dos Trabalhadores em Saúde, Trabalho e Previdência de Sergipe (Sindiprev/SE) realizou, juntamente com os servidores da Delegacia Regional do Trabalho em Sergipe (DRT/SE), um Ato Público em frente à superintendência do órgão na manhã de quinta-feira, 26 de agosto. A manifestação buscou mostrar a sociedade que os 141 dias de paralisação por parte de 21 estados da federação só continuam devido à intransigência do Governo Federal, que, até agora, não apresentou propostas para a negociação.
De acordo com Fernando José dos Santos, dirigente da Secretaria de Administração e Patrimônio do Sindiprev/SE e servidor da DRT/SE há 26 anos, o Governo Federal está adotando uma postura bastante intolerante. “O governo solicitou do comando de greve que nós enviássemos uma proposta para eles. Nós apresentamos três, no dia 28 de julho. A principal era com relação à gratificação específica do Ministério Público do Trabalho (MTE), a título de antecipação de carreira”, afirmou Fernando José.
No dia 17 de agosto, a comissão de negociação foi até Brasília, para mais uma reunião em defesa dos direitos, garantias e interesses da categoria. “Durante a mesa de negociação, o RH da Secretaria de Recursos Humanos do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão da República do Brasil, Sr. Duvanier Paiva Ferreira afirmou que não teríamos carreira específica do MET. Nós questionamos a mesa o porquê da categoria ter apresentado três propostas, enquanto o Governo não apresentou nenhuma, e não aceita nada do que propomos. Muito foi dito, mas nada foi firmado”, esclareceu Fernando.
Mobilização continua
Os servidores do MTE seguem buscando negociar com o governo uma proposta que atenda demandas emergenciais da categoria e possam colocar fim ao impasse instalado. Mantendo o discurso de que o governo não irá atender reivindicações de criar carreiras específicas, a SRH vem protelando a solução do conflito. Entendendo que não há como superar a divergência neste momento na questão da criação de carreira, os servidores do MTE aceitaram construir uma proposta alternativa que foi apresentada ao governo. A categoria passou a defender a criação de uma gratificação emergencial que pudesse corrigir as distorções salariais que predominam no Ministério do Trabalho. A proposta é encarada como um paliativo capaz de amenizar a situação difícil do MTE e interromper o movimento de mobilização que se estende por 21 estados.
Enquanto não tem uma definição e nenhuma proposta formal apresentada pelo governo, a categoria segue reforçando a mobilização e fortalecendo o processo de pressão em busca do atendimento das demandas urgentes do setor. As mobilizações que se tornaram uma constante nos últimos tempos seguem a todo o vapor. A Secretaria de Recursos Humanos (SRH) do Ministério do Planejamento pretendia agendar uma nova reunião para discutir a situação dos servidores do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) apenas no dia 15 de setembro. No entanto, a Condsef (Confederação dos Trabalhadores no Serviço Público Federal) conseguiu fazer com que o governo antecipasse a data para o próximo dia 2 de setembro, quinta-feira.
Fonte: CUT apud Jornal da Cidade